sábado, 22 de outubro de 2011

Investir na educação, mais do que investir em grades


Olá amigos,

Há poucos dias pudemos ver na mídia críticas exacerbadas de certos entes políticos contra os recursos que a União tem destinado a manutenção dos presídios brasileiros e aos detentos. Principalmente contra o auxílio-reclusão, uma bolsa de R$ 863 concedida à família de presos e que custa muitos milhões de reais todos os meses aos cofres públicos.

Não sou contra auxiliar a família dos detentos. Muitos desses familiares são crianças que não tem nada a ver com as ações ilegais do preso. O que me causa espanto é que valores tão elevados sejam destinados a manter as pessoas no cárcere, sem tentar promover nenhuma mudança real na sociedade, nas causas que levam a criminalidade e evitando que mais cidadãos tenham de ser encarcerados.

Enquanto se destina recursos valiosos para a manutenção de presidiários e de seus familiares, muito pouco se destina a educação de nossos jovens.  Não vale mais investir na educação de nossos jovens, proporcionando um ensino de qualidade do que na manutenção de um sistema prisional desumano e que não reintegra os presos a sociedade?

Um exemplo disso é que enquanto a Prefeiturade Campo Bom  investe 2 reais ao dia na alimentação de cada criança das escolas infantis de Campo Bom, o Governo Federal investe apenas 60 centavos. Será que eles não sabem que crianças subnutridas terão maior dificuldade de aprendizado e por conseqüência menos chances de terem um aprendizado pleno? É justo que nossos jovens tenham seus sonhos esmagados em tão tenra idade?

Se muitos de nossos municípios não assumirem estas responsabilidades - como vem ocorrendo em muitas cidades - nossos jovens, a sociedade, e principalmente o futuro de nosso país estará terrivelmente comprometido.


Faisal Karam

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